ARTES DA MARCIA

terça-feira, 28 de junho de 2011

EDUCAR NA DIVERSIDADE

Educar na diversidade:
Transtornos Globais do Desenvolvimento


Sinonímias
n      Disturbios globais do desenvolvimento (DSM-IV);
n      Transtornos invasivos do desenvolvimento infantil – TID (CID-10);
n      Transtornos abrangentes do desenvolvimento infantil – TAD (DSM-IV);
n      Transtornos pervasivos do desenvolvimento infantil;
n      Transtornos do espectro autista – TEA

TGD

n      Sìndrome de Asperger
n      Autismo Infantil (Kanner)
n      Sìndrome de Rett
n      Transtorno desintegrativo da Infância
   (Síndrome de Heller)

*Autismo Atípico - (É o autismo detectado tardiamente freqüentemente em crianças com deficiência mental profunda e com graves transtornos).

Formas clínicas dos distúrbios da linguagem nos TGD
n      1-) agnosia “auditivo-verbal” ou surdez verbal;
(ausência de conhecimento, não adquire).

n      2-) déficits mistos receptivo-expressivo (síndrome de deficiência fonológico-sintática);
(uso de vocabulário limitado).

n      3-) Síndrome de déficit semântico-pragmático; (define a pessoa com autismo).
n      4-) Síndrome de déficit léxico-sintático. (dificuldade de vocabulário, é sempre muito limitado).
Dificuldade de vocabulário, é sempre muito limitado.
O REAL
Falhas Perceptivas
O IMAGINÁRIO:
O SIMBÓLICO:

n      Ocorrem falhas no Desenvolvimento perceptivo, que interferem no Desenvolvimento da Etapa pré-linguistica, anterior aos 12 meses de vida.
n      Os distúrbios da aquisição da linguagem são às vezes atribuidos à deficiência do meio social, mas é evidente que as crianças com TGD são realmente disfásicas (ALLEN e RAPIN< 1992).
n      (ou seja, é a criança com pertubação do espectro autismo).
n      Antes de se abordar os quadros clinicos nosogràficos (CID-10) é preciso ter a noção do diagnóstico sindrômico (quadro diagnosticado pelo médico, em Psiquiatria, que é o eixo-base da construção do correto diagnóstico psiquiátrico).
n      Assim, todo TGD necessita sem amparo em um conjunto de sintomas chamado de Sìndrome Autística.
Síndrome autística

1- Perturbação mais ou menos global do desenvolvimento psicológico.
2- Combinação mais ou menos circunscrita de alterações do desenvolvimento de:
    *Motricidade: estereotipias motoras, auto-balanceio, alteração de hábitos e impulsos.
    *Isolamento autistico: déficits sociais.
   * Linguagem: linguagem expressiva deficitária, inversões pronominais, (refere-se a si próprio como na 3ª pessoa e a outra pessoa refere-se em 1ª pessoa,ou seja, é a inversão de pronomes) perseverações verbais, (é a repetição de uma única palavra ou um grupo de palavra. Aqui há um falso detalhismo nas ações da criança), ecolalia (é uma característica de período de balbucio no desenvolvimento de uma criança. A criança repete sempre o mesmo som, repetitivamente. (ããããã), não usa o jogo simbólico.

Linguagem

n      Todas as referências aos TGD, especialmente ao autismo infantil mencionam alterações de linguagem como uma das características mais importantes (Fernandes, 1996).
n      Há heterogeneidade de desempenhos apresentados pelas crianças com TGD.
n      As dificuldades de comunicação observadas em TGD não se restringe apenas ao processo de aquisição, mas sim à funcionalidade desta comunicação e aspectos subjacentes a ela: cognição (simbolização) e socialização.
n      A linguagem é um objeto de estudo eminentemente transdisciplinar, com uma multiplicidade de ângulos de aproximação e de pontos de vista possíveis.
n      A linguagem solicita aquisições e uma maturação de diferentes sistemas. Ela faz intervir tanto o sistema intelectual com o sistema neuromotor e o sistema afetivo.
n      O que faz o interesse formidável e a complexidade da linguagem, é que ela se situa no cruzamento do setor psicomotor, do setor cognitivo e do setor afetivo, todos muito intricados e em interações muito estreitas.
Falha essencial no desenvolvimento da linguagem nos TGD

n      A comunicação analógica é aquela que funciona durante a vida toda, e inicia-se bem cedo. Bem antes de falar e trocar idéias, é preciso partilhar estados psíquicos e níveis emocionais, se não a linguagem não poderá jamais desenvolver-se.

n      Esta comunicação analógica, que transmite sobretudo afetos, emoções, vai permitir partilhar os sentimentos. Essa comunicação, que se encontra alterada nos TGD, é amplamente infraverbal (experiencia com som e a linguagem oral que a criança possui), pré-linguística (é usado para explicar o comportamento restrito e repetitivo da criança), no senso estrito e não codificado.
n      Ao passo que a comunicação digital, que é mais verbal e conceitual, desenvolve-se de forma mais preservada.
Psicopatologia da linguagem do autista
n      Emissão de orações completas em situação emergente;
n      Mutismo; (ausência de linguagem oral).
n      Emprego da negação simples como “proteção mágica”;
n      Literalidade; (falta de aceitação de mudanças, tudo sempre no mesmo lugar).
n      Inacessibilidade; (A criança anda como se estivesse numa sombra, vive em um mundo próprio).
n      Ecolalia imediata; (é a repetição do que o outro acabou de dizer)
n      Ecolalia retardada; (é a repetição do que outras pessoas disseram a tempos antes).
Psicopatologia da linguagem dos TGD
n      Inversão pronominal; (inverte a 3ª pessoa com a primeira e a 1ª com a 3ª pessoa).
n      Evitação pronominal; (inabilidade em iniciar e manter uma conversação)
n      Linguagem metafórica; (imaturidade no discurso espontâneo pode até usar frases completas, mas sem sentido para elas).
n      Dificuldades de compreensão;
n      Escassez de vocabulário;
n      Emprego de neologismos; (é a troca de letras nas palavras ex. (biciteta ao invés de bicicleta)
n      Dificuldades articulatórias;
n      Escassez de perguntas e informações com valor informativo;
n      Falta de intenção comunicativa;
n      Dificuldade para compreender e utilizar gestos;
n      Frequência de imperativos;(faz você)
n      Alterações de tom, ritmo e inflexão;
n      Falta de correspondência entre prosódia e sentido;
n      Interesse pelo som sem captar o sentido;
n      Falta de coordenação entre os gestos e emissões verbais.
Déficits do tipo pragmático na linguagem:
1-  Fala como monólogo, não representa o ponto       de vista da outra pessoa, não utiliza marcadores conversacionais, não mantém, o olhar;
2- Fala mais egocêntrica que socializada com falha frequente ao sair do papel de ouvinte para falante e vice-versa;
3- Violam os postulados conversacionais de aceitabilidade e cortesia, interrompem o falante de maneira inapropriada;
4- Poucos gestos e expressões faciais comunicativas


Dificuldades Centrais

n      Interação Social;
n      Comunicação;
n      Interesses;
Alterações do Comportamento

n      Foco no detalhe;
n      Quebra-cabeça;
n      Entende o que você faz;
n      Detalhes;
n      Segue rotinas;
n      Coordenação motora ampla;
Dificuldades
n      Não entende o que você fala;
n      Regras;
n      Mudanças/novo;
n      Coordenação motora fina;
n      Comunicação verbal e não verbal;
n      Planejar sequência de ações;
n      Interpretar linguagem.
Conseqüências
n      Falta de bom senso;
n      Inflexibilidade de raciocínio;


n      Dificuldade para amizades;
As crianças com TGD não possuem metarrepresentações, que são aquelas representações relacionadas com as crenças que temos a respeito do estado mental das outras pessoas, como por exemplo, seus desejos e suas intenções.




n      Trata-se de um transtorno primário da linguagem.

n      Trata-se de uma alteração qualitativa no desenvolvimento infantil que se manifesta de maneira grave por toda a vida.

n      Surge tipicamente nos 3 primeiros anos de vida.

n      Cerca de ¾ dos TGD tem deficiência mental associada.

n      Todo TGD tem um déficit de atenção associado.

n      O que determina o prognóstico de cada caso de TGD é o nível de desenvolvimento da cognição e da linguagem alcançado pela criança.
n      Não há motivos para se colocar em confronto a criança hipocinética e a criança hipercinética, no que diz respeito aos TGD. Nem uma nem outra tem um contato real com a realidade.
n      No entanto, ambas podem apresentar reações impulsivas, durante as quais quebram objetos e apresentam tipos de atividades auto-agressiva.
n      Geralmente evoluem com síndromes epilépticas (comiciais) na adolescência.

Primeiras dúvidas dos pais

n      Escola regular ou especial?
n      Conteúdos programáticos?
n      Quais terapias?
n      Como saber o que ele precisa?
n      Socialização?
“Pais são os especialistas”.

Proposta da sala de recurso Multifuncional

I-   Esclarecer e apoiar a família;

II-  Estabelecer parceria
 Família – Sala de recurso – Escola

III-              Apoiar o desenvolvimento da criança

n      Reuniões bimestrais;
n      Orientações         troca de experiências      identificação         visão bem humorada          
n      fé e esperança
n      Pais como especialistas do próprio filho
n      Palestras cursos e estudos.

Parceria sala de recurso - escola

n      “Empoderamento” do professor;
n      Visitas iniciais regulares – semanais
n      Troca de informações;
n      Apoio emocional;
n      Pais como especialistas;
n      Identificação e encaminhamento de alunos com Distúrbios Específicos da Linguagem e outros;
Escola – por onde começar
      1- Conhecer o estágio de Desenvolvimento da criança (desenvolvimento é diferente) –             adaptações necessárias objetivos devem ser revistos;
2- Analisar as condições de comportamento inadequado segundo a Análise do Comportamento aplicado na escola;
3- Abolir idéias pré-concebidas que culpam a criança “nervoso”, “agressivo”, “desatento”, “hiperativo”;
4- Perceber o esforço da criança.

Qualidades desejadas no professor

n      Envolvimento afetuoso;
n      Calma;
n      Organização;
n      Reações emocionais previsíveis;
n      Flexibilidade;
n      Ver o lado positivo da criança;
n      Senso de humor;
n      Saber motivar/encorajar;
n      Adaptar sua linguagem a da criança;
n      As qualidades do professor se refletirão nas atitudes dos amigos.
Outros fatores importantes
Professor-
-experiência não é essencial;
-Suporte emocional da equipe e direção;
-acesso á orientação especializada;

Escola:
-         Concessões especiais;
-         Cuidado e calma na adaptação (muitas visitas na sala e apoio).

Adaptações
1- Linguagem
- Entender o estágio da criança;
-         Não explique demais, seja direto e objetivo;
2 - Utilizar interesses:
3- Rotinas previsíveis;
Antecipar mudanças futuras;
4- Espaços estruturados definidos;
5- Apoio da Ed. Física;
6- Aula de Habilidades Sociais – Teatro
7- Recursos Visuais;
* Verificar se a criança identifica figura!
* Regras escritas ou desenhadas.
* Cartões de ajuda.
Apoiar o desenvolvimento da criança

n      Pais como especialistas;
n      Avaliação Inicial;
n      Currículo individualizado/dinâmico;
n      Abordagem transdisciplinar;
n      Três programas de atendimento: Escolar-Recreação e Ed. Física;
n      Ênfase ao desenvolvimento da linguagem e da comunicação;
n      Grupos pequenos;
n      Ênfase ao brincar;
n      Importância das atividades físicas;
n      Importância da análise do comportamento;
n      Outras abordagens como recursos;










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